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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ankh

ANKH

O Ankh é um símbolo egípcio encontrado à partir da 5ª Dinastia, mas foi adotado por diversas culturas ao longo da história. Está representado principalmente nas gravuras e hieróglifos dos Templos de Luxor, Medinet Habu, Hatshepsut, Karnak e Edfu. No túmulo de Amenhotep II vemos o Ankh sendo entregue ao faraó por Osíris. Sua presença também é marcante em objetos cotidianos, como colheres, espelhos e cetros utilizados pelo povo do Egito.

No Ocidente, o Ankh é conhecido como "Cruz Egípcia" ou "Cruz Ansata". Esta segunda denominação tem origem na palavra latina "Ansa", que significa "Asa". Além destas, o encontramos também como "Chave do Nilo (ou da vida)", "Cruz da Vida" ou simplesmente "Cruz Ankh". Sua forma assemelha-se á uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, o Ankh tem suas extremidades superiores bipartidas, bem como a extremidade inferior. Porém, a maioria dos conceitos ocidentais não são corretos, pois o Ankh não é uma cruz. Os egípcios da antigüidade também desconheciam a fechadura, portanto não seria possível associá-lo a uma chave.

A alça oval que compõe o Ankh, sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, essenciais para a criação da vida; ou a união entre Osíris e Ísis que proporcionava a cheia periódica do Rio Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro deste laço é o ponto de união dos pólos, e representa o fruto desta união. Num aspecto geral, o Ankh simboliza a imortalidade e o controle sobre o princípio e fim da vida. É esta conotação presente nos templos egípcios, onde faraós e deuses empunhavam o Ankh transmitindo a idéia de possuir poder total sobre a vida. Em outras representações, o Ankh simboliza indiretamente elementos como a água e o ar. Como em algumas situações o Ankh é encontrado em gravuras egípcias próximo a boca da figura, neste caso representa um "Sopro de Vida", e mantém seu significado original.

A popularidade do Ankh se expandiu principalmente quando os cristãos cópticos adotaram este símbolo em sua cultura, unindo a crença politeísta egípcia ao cristianismo. No final do século XIX também foi agregado pelo ocultismo, por alguns grupos esotéricos do final da década de 60, obtendo poucas variações em seu significado e seu emprego. Como exemplo, podemos citar o Ankh como um amuleto utilizado por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação.

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