ANKH 
O Ankh é um símbolo egípcio encontrado  à partir da 5ª Dinastia, mas foi adotado por diversas culturas ao longo  da história. Está representado principalmente nas gravuras e  hieróglifos dos Templos de Luxor, Medinet Habu, Hatshepsut, Karnak e  Edfu. No túmulo de Amenhotep II vemos o Ankh sendo entregue ao faraó por  Osíris. Sua presença também é marcante em objetos cotidianos, como  colheres, espelhos e cetros utilizados pelo povo do Egito.  
No Ocidente, o Ankh é conhecido como "Cruz Egípcia" ou "Cruz  Ansata". Esta segunda denominação tem origem na palavra latina "Ansa",  que significa "Asa". Além destas, o encontramos também como "Chave do  Nilo (ou da vida)", "Cruz da Vida" ou simplesmente "Cruz Ankh". Sua  forma assemelha-se á uma cruz, com a haste superior vertical substituída  por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, o Ankh tem  suas extremidades superiores bipartidas, bem como a extremidade  inferior. Porém, a maioria dos conceitos ocidentais não são corretos,  pois o Ankh não é uma cruz. Os egípcios da antigüidade também  desconheciam a fechadura, portanto não seria possível associá-lo a uma  chave.  
A alça oval que compõe o Ankh, sugere um cordão entrelaçado com as  duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino,  essenciais para a criação da vida; ou a união entre Osíris e Ísis que  proporcionava a cheia periódica do Rio Nilo, fundamental para a  sobrevivência da civilização egípcia. A linha vertical que desce  exatamente do centro deste laço é o ponto de união dos pólos, e  representa o fruto desta união. Num aspecto geral, o Ankh simboliza a  imortalidade e o controle sobre o princípio e fim da vida. É esta  conotação presente nos templos egípcios, onde faraós e deuses empunhavam  o Ankh transmitindo a idéia de possuir poder total sobre a vida. Em  outras representações, o Ankh simboliza indiretamente elementos como a  água e o ar. Como em algumas situações o Ankh é encontrado em gravuras  egípcias próximo a boca da figura, neste caso representa um "Sopro de  Vida", e mantém seu significado original.    
A popularidade do Ankh se expandiu principalmente quando os cristãos  cópticos adotaram este símbolo em sua cultura, unindo a crença  politeísta egípcia ao cristianismo. No final do século XIX também foi  agregado pelo ocultismo, por alguns grupos esotéricos do final da década  de 60, obtendo poucas variações em seu significado e seu emprego. Como  exemplo, podemos citar o Ankh como um amuleto utilizado por bruxos  contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação. 

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